sexta-feira, 9 de março de 2012

Os segredos para guardar dinheiro todos os meses



Você vive no vermelho e não consegue juntar um tostão para realizar seus sonhos? Leia já, palavra por palavra, o que estas mulheres têm a dizer.
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(Foto;)
Mesmo não sendo especialistas em finanças, elas administram muito bem o orçamento pessoal ou familiar. sabem quanto podem gastar por mês sem precisar recorrer a empréstimos ou ao cheque especial e traçam objetivos de maneira clara: conservam a conta corrente sempre no azul, compram a casa própria, viajam e dão educação de primeira aos filhos.
Tudo no computador
"Sempre adorei fazer compras e me deixava levar totalmente pelo impulso. Apesar disso, nunca ficava no vermelho, o que já era ótimo. Porém, até pouco mais de um ano atrás, não conseguia guardar absolutamente nada. Pensava que, se um dia sobrasse, pouparia, mas aparecia uma coisinha e eu não resistia: cheguei a comprar um sapato novo por semana! Até que decidi juntar dinheiro para comprar meu apartamento. Logo percebi que isso só seria possível se me organizasse. Contabilizei meus ganhos e gastos e estipulei um valor que seria obrigada a separar todo mês para aplicar em um fundo de investimento. Elaborei no computador uma planilha detalhada do meu orçamento, que uso até hoje. Em uma coluna, coloco todos os gastos fixos, como a prestação do carro, a mensalidade da academia, a gasolina. Na outra, os variáveis, como lazer e presentes. Planejo também as despesas eventuais - viagens, por exemplo. Toda segunda de manhã, confiro meu extrato bancário e atualizo a planilha. Se em algum mês a previsão fura, ou seja, gasto além da conta, economizo nos meses seguintes. Sou flexível, mas hoje consigo ter mais cautela ao comprar. Colocar tudo no computador me ajudou muito a saber qual o destino do dinheiro. Até o fim deste ano, espero ter o suficiente para dar entrada em um imóvel financiado."
PATRÍCIA BARREROS, GERENTE DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Preparada para a aposentadoria
"De tempos em tempos, estabeleço metas para meu crescimento profissional. Por volta dos 30 anos, decidi também garantir uma renda para quando me aposentar. Todos sabemos dos problemas do sistema público de previdência e que é muito complicado contar só com ele. Então, pesquisei os planos de previdência privada oferecidos pelo mercado e optei por um que vai me assegurar uma renda de 3 mil reais por mês a partir dos 60 anos. Desde então, aplico no plano religiosamente 300 reais mensais. É uma quantia considerável, mas nem penso em gastar com outra coisa. Já encaro como se fosse um desconto a mais no salário: assim que recebo, tiro da conta corrente e passo para a aplicação. Quero estar ativa, tranqüila e feliz quando ficar mais velha. Eu me preocupo também com o presente e tenho uma reserva para emergências a curto prazo. Os valores não são fixos como na previdência, mas guardo algum dinheiro na poupança todo mês, nem que seja 50 reais."
DEBORAH RODRIGUES, ECONOMISTA
Chave na mão e nenhuma dívida
"Poupei durante dez anos para comprar um apartamento à vista. Cheguei a pensar em um financiamento, mas percebi que, com os juros, acabaria pagando o equivalente a duas vezes o preço do imóvel. Quando entrei na faculdade, decidi que teria o meu espaço. Logo que iniciei um estágio, passei a depositar mensalmente uma quantia na poupança. Era pouco, mas importante para estabelecer uma meta e não me desviar dela. Muitas vezes, sofri com a tentação de pegar o talão de cheques e sair gastando, mas saber o que eu queria me ajudou a controlar o impulso. Abri mão, por exemplo, de trocar de carro: estou há sete anos com o mesmo. Nunca deixei de me divertir ou viajar, mas sempre calculando os gastos. Hoje, tenho certeza de que fiz um ótimo negócio: com o dinheiro em mãos, comprei um apartamento novo com quase 10% de desconto sobre o valor da planta. Entrei na casa nova sem nenhuma dívida. O próximo desafio, agora, é trocar de carro."
LUCIANA BERTACO, ENGENHEIRA
Sem medo da bolsa de valores
"Sou arquiteta e nunca tinha lidado com finanças até o ano passado. Por isso, via o investimento em ações como algo complicado e só para quem tem muito dinheiro. Até que eu e meu marido ouvimos falar que a Bolsa de Valores de São Paulo estimula a criação de clubes de investimento - pessoas físicas que se juntam, reúnem um capital maior e administram as aplicações. Tínhamos 20 mil reais que iriam para fundos de renda fixa ou poupança e decidimos tentar. Formamos o clube na própria família - eu, meu marido, meus filhos e minha mãe. Buscamos informações, recebi uma apostila da Bovespa, procuramos uma corretora, aprendi a mexer com o homebroker, sistema que possibilita a compra e venda de ações pela internet, e peguei gosto pela coisa. De abril a dezembro do ano passado, tivemos uma rentabilidade total de 70%! Pegamos uma época de alta, mas, de maneira geral, não se pode entrar na Bolsa pensando em tirar logo o dinheiro, é um investimento de longo prazo. Também é preciso dedicar tempo para estudar e entender o assunto. Como sou profissional liberal, isso não foi problema. Há ainda uma adrenalina grande envolvida: se compro uma ação e vejo que ela está desvalorizando, até saio da frente do computador para não ficar nervosa. Mas percebi que, aplicando corretamente, é possível obter uma rentabilidade maior do que em qualquer outra aplicação."
VIVIANE XIMENES, ARQUITETA
Economia nas pequenas coisas
"Administrar o dinheiro é um aprendizado constante. Quando descobri o impacto dos gastos miúdos no orçamento, fiquei pasma! Em um mês tinha deixado 390 reais na quitanda, levando um pouco de fruta num dia, de verdura no outro... Passei a pesquisar preços, comprar uma parte dessas coisas na feira e fiz uma economia de quase 100 reais por mês só com esse item! Hoje estou muito mais atenta e quero saber para onde vai cada real. Eu já fazia um orçamento mensal no computador, mas deixava esses pequenos valores de fora, sem me dar conta de quanto eles representam quando somados. Com isso, estou treinando na prática para lidar melhor com o dinheiro. Até o nascimento das minhas filhas, eu era superconsumista, mas fui me tornando mais organizada. Agora, as prioridades são outras. Eu e meu marido separamos um valor mensal apenas pensando na educação delas. Começamos com 100 reais e hoje já conseguimos aplicar 400 reais. Penso que, se tivermos algum problema financeiro mais tarde, pelo menos o colégio ou a faculdade delas estará assegurado."
GLÓRIA ANDRADE SPERANDIO, EMPRESÁRIA
Uma viagem por ano
"Jamais gasto tudo o que ganho. Penso dez vezes antes de comprar uma roupa ou um sapato e me pergunto: Vou usar mesmo? É realmente necessário? Sigo também vários critérios para ter o controle do meu dinheiro. Pago as contas sempre em dia, assim não preciso arcar com juros. Prefiro comprar tudo à vista para obter desconto e, principalmente, não acumular dívidas. Mantenho apenas um cartão de crédito, que uso em situações específicas, como para pagar uma viagem. Também não me envergonho de pechinchar - já consegui bons descontos assim. Essa organização compensa: tenho uma aplicação financeira que me permite fazer pelo menos uma viagem por ano. Conheço várias cidades do Nordeste e do Rio Grande do Sul e já fui para a Europa, Estados Unidos, Israel, Egito e Havaí.
Dez conselhos de quem sabe
1 - Coloque os gastos no papel. O primeiro passo é saber exatamente para onde vai o dinheiro.
2 - Corte os custos supérfluos de modo que tenha uma folga para aplicar ou pagar dívidas.
3 - Defina quanto quer poupar e aplique assim que receber. Se deixar para guardar o que sobra, nunca vai começar.
4 - Tenha objetivos. Eles são o estímulo para manter a disciplina financeira.
5 - Compre à vista sempre que possível. E peça desconto, você tem direito.
6 - Pesquise preços, especialmente quando se trata de uma compra de valor alto.
7 - Fuja ao máximo do cheque especial. Os juros são exorbitantes!
8 - Cuidado com os pequenos gastos. Eles arrasam seu orçamento sem que você perceba. Um cafezinho aqui, uma bijuteria acolá parecem inofensivos, mas, somados, podem significar um bom dinheiro.
9 - Não espere ter um aumento de salário para investir. O segredo é adaptar seu padrão de vida àquilo que recebe.
10 - Reserve algum dinheiro para diversão. Mas procure alternativas de lazer mais em conta - uma pizza com os amigos em casa pode ser tão divertido quanto ir ao restaurante. E sai bem mais barato.

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